6.8.15

Caverna

As portas estão permanentemente abertas.
Há claridade o tempo todo, mas o ar continua denso.
As sombras deixam a parede e se transformam em imagens.
Raios que atravessam pele, ossos, espírito.
Relógios que não funcionam.
Remédios sem efeito.

Nem sorrisos ou lágrimas, ou risadas ou gritos.
Só fantasmas.
As paredes que já ouviram cada suspiro meu,
Abrigam agora o meu coração.